segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Minha caixa de chás

Embora meus esforços tenham rendido várias mudanças, ainda deixo algumas coisas (demais) para depois. Apesar de gostar, tenho preguiça de montar a máquina de costura ou de ir pegar a caixa de costura para fazer aquele consertinho, de ir pegar os pincéis para finalmente por em prática aquele projeto de artesanato, de sentar na frente do computador em casa para escrever textos ou tratar imagens para o blog... A sequência de posts neste blog mostra que melhorei, mas ainda estou bem distante do que eu gostaria. Não almejo ser a pessoa perfeita sempre em dia com tudo, mas a sensação de tarefa feita é tão boa que estou me esforçando para senti-la com mais frequência.
Olhar para a minha caixa de chá no escritório me faz sentir isso todas as vezes. Comprei a caixa há uns três anos quando, depois de uma bronca homérica da nutricionista porque eu não tomava água, achei que os chás poderiam ser uma boa, saborosa e quentinha alternativa para a minha hidratação nos dias gélidos de agosto. Os chás se tornaram um hábito desde então na minha mesa no escritório, mas os envelopes ficavam em suas caixas de papelão zanzando na mesa de um lado para o outro, sem um lugar definido. Além da preguiça, as dúvidas sobre como dar um tratamento àquela caixa de madeira me impediam de fazer o trabalho de uma vez. Aí, num belo dia, passeando numa loja de material para artesanato, vi o pedacinho de pano preto com flores brancas e logo pensei na tal caixa de chá abandonada e empoeirada. Preto combinaria perfeitamente com o tom dos móveis do escritório, sem ficar com cara de cozinha da vovó (que na cozinha da vovó fica ótimo, diga-se de passagem!). Levei o pano e a tinta preta e junto um punhado de empolgação.


Fiz tudo como manda o figurino: desmontei a caixa, tirei o vidro e passei fita crepe para deixar o trabalho impecável. Colei o tecido na parte superior da caixa com cola gel e, depois que a cola secou, passei uma boa demão de termolina leitosa, que impermeabiliza e endurece o tecido, facilitando o processo de remoção das sobras com uma lixa. 
Para dar o acabamento à pintura, visto que a caixa não terá direto contato com água nem ficará em ambientes úmidos, passei uma generosa camada de cera incolor, que deixou a peça com um acabamento acetinado.
O resultado está na minha mesa e posso olhar para ele todos os dias, me lembrando de quão bom é ver um trabalho terminado!

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