terça-feira, 3 de junho de 2014

Cliques! Bologna 2005

Olás! 

Apresento a vocês o primeiro post da série Cliques, da qual já falei aqui. Começo apresentando a cidade italiana de Bologna, ou Bolonha em português. O texto, apesar de ter sido escrito por mim em 2005, durante minha viagem pela Itália, é inédito, pois nunca foi mostrado a ninguém.

Bologna respira arte. Todos os lados para os quais o olho corre nos oferecem uma joia, uma obra prima, como um pequeno diamante lapidado com todo o cuidado e experiência. As ruas e ruelas se parecem bastante umas com as outras, embora todas tenham algo de singular. É estranho e relativamente difícil conseguir se orientar aqui sem ao menos um mapa turístico: uma simples volta no quarteirão corre o risco de se tornar uma maratona. Mas vale a pena. Ao longo do caminho a cidade se mostra, se oferece a quem a visita e retribui com paisagens surpreendentes. Não grandes vistas, estas reservadas à Piazza Maggiore, mas pequenas janelas, gotas de imagens. A cada curva uma surpresa e a casa pórtico um encanto. 

No centro todos os prédios antigos tem loggias, coberturas sobre os passeios à frente dos estabelecimentos comerciais. Todos os tetos são abobadados e todos os pisos revestidos com pedras e mosaicos, dos mais simples aos mais refinados. Os passeios levam, na maioria das vezes, a livrarias: da Feltrinelli Mega Store a pequenas banquinhas que oferecem livros com descontos de 50%. É uma cidade universitária e a impressão que se tem é de que a maioria de seus moradores são jovens. Sem falar na estranha impressão que causa a rua da Universidade: os muros estão cobertos por anúncios de compra-se, vende-se, oferece-se, procura-se, de grafites, de propagandas. Não é difícil encontrar uma rodinha de estudantes tocando violão e fumando cigarros baratos. Uma ilha a parte. Mas a atmosfera da cidade não muda, continua aconchegando sem sufocar. 

Às vezes Bologna parece não estar nem aí com o visitante e então, quando este está mais distraído, ela prepara uma de suas tantas surpresas, de uma ruela nova a um motorista de ônibus extremamente gentil disposto a ajudar uma italiana e uma alemã perdidas na cidade. 

É dessas pequenas coisas que Bologna é construída. Os tijolinhos ocre de deus prédios antigos são coadjuvantes.  

Fonte no Parco della Montagnola
Porta Galliera

Teatro Arena del Sole
Via Santo Stefano
As duas Torres
Piazza Maggiore - Palazzo dei Notari
Basilica di San Petronio
Palazzo d'Accursio XIII
Fontana di Nettuno
Palazzo del Podestà
Basilica e Palazzo dei Notari - Detalhe
Palazzo d'Accursio XIII - Torre do relógio
Igreja de San Giacomo Maggiore
Loggia da igreja de San Giacomo Maggiore
Palazzo Malvezzi de Medici (Piazza Rossini)
Cattedrale di San Pietro
Loggia in Via dell'Indipendenza
Loggiato del Parco della Montagnola

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Esmalte(s) da Semana: Ploc e Glitter Prata - Impala e Colorama

Olás!

Mais uma vez aparece por aqui uma dupla de esmaltes lindos! Estou falando do Ploc e do Glitter Prata, que formaram uma combinação que ganhou vários elogios!



O Ploc é um roxo levemente acinzentado maravilhoso da coleção Impala Fun. Comprei ele há um tempo e sua foto apareceu por aqui neste post, quando falei de um monte de esmaltes que havia comprado. Finalmente consigo mostrar este, que daquelas cores, é uma das minhas preferidas. Quem já me acompanha por aqui sabe que sou fã da Impala pela qualidade dos seus esmaltes e pelo formato dos seus pincéis. Mais uma vez ela não me decepcionou, pois o Ploc é fácil de aplicar, se espalha de maneira uniforme na unha sem ficar todo riscado, é bem pigmentado, dando uma boa cobertura já na primeira camada e fácil de limpar.


Para dar a ele um pouco mais de brilho, usei o Glitter Prata, da Colorama. Eu jurava que já havia falado dele para vocês mas me enganei. Então aqui está, para fazer justiça a um dos melhores esmaltes com glitter que já usei. Ele tem uma base transparente e as partículas prateadas são bem pequenas e muito brilhantes. Já apliquei ele com o próprio pincel (juro que vou mostra-lo em breve) e o resultado foi muito bom, sem falhas. Desta vez testei a técnica do ombré nails só na ponta, usando uma esponjinha, e consegui esse efeito de esfumado da ponta para o centro da unha, facilitado pelo fato do glitter ser bem pequeno. 


E mais uma vantagem: os dois esmaltes ainda estão a venda, ao contrário do Ouro Nude, mostrado no último Esmalte da Semana, que, segundo informações da própria Risqué, não está mais sendo fabricado e não há nada parecido oferecido pela marca. L



 
 Então, se você não quiser ficar sem, melhor correr e garantir os seus vidrinhos. Nunca se sabe quando um esmalte, mesmo que lindo, vai sair de linha!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Bolo de café!

Olás!

Neste post, quando falei da compra da batedeira nova, eu falei que marido havia deixado claro que era para eu usar a nova aquisição, certo? Pois bem, agora toda semana tenho que fazer um bolinho e quando procuro uma receita ele tem que usar batedeira. Aí encontrei, mais uma vez no livro Bolo de Avó, um que além da batedeira leva café, um dos meus vícios, e pronto: corri para a cozinha!

Pra variar eu não tinha todos os ingredientes e tive que abrir mão das nozes e ele não ficou crocante como o nome da receita, mas não foi isso que me deu uma sensaçãozinha de medo. Ao contrário de outras receitas, esse leva os ovos inteiros e não as claras em neve e com isso a massa fica bem espessa, daquelas que deve ser ajeitada na forma com uma espátula pois não se acomoda sozinha. Confesso que fiquei ao final do preparo fui conferir no livro se não tinha me esquecido de nada e com receio dele não dar certo. Mesmo assim ele ficou uma delícia, leve, perfumado, sem ser doce demais e com um sabor suave de café que deu um toque todo especial.

Com a desculpa de fazer um acompanhamento para o bolo, aproveitei a batedeira na pia para fazer um chantilly macio, que veio acompanhando a fatia no prato polvilhada com chocolate. Não testei, mas acho que uma calda de chocolate ou uma bola de sorvete também vão bem. Se você fizer, me conta?


BOLO DE CAFÉ CROCANTE
(transcrevo a receita original, indicando as adaptações que fiz)

Ingredientes
1 tablete de manteiga em temperatura ambiente (200g)
1 e ½ xícara (chá) de açúcar mascavo
3 ovos
¾ de xícara de café bem forte
1 colher (sobremesa) de essência de baunilha
1 pitada de sal
2 e ½ xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 xícaras (chá) de nozes picadas (eu não coloquei)
1 xícara (chá) de açúcar refinado (eu não coloquei)

Modo de preparo
Bata na batedeira a manteiga com o açúcar mascavo. Adicione os ovos e bata até formar um creme claro. Junte o café, a baunilha, o sal, a farinha de trigo e o fermento. Misture bem. Coloque em uma assadeira untada e enfarinhada. Espalhe as nozes por cima da massa e leve ao forno preaquecido em temperatura média por 40 minutos. Espere amornar e polvilhe o açúcar sobre o bolo.

PS: O livro não indica uma dimensão de forma para essa receita e eu optei por usar uma assadeira retangular e o bolo ficou baixinho. E talvez por isso ele demorou apenas 25 minutos para assar e não os 40 indicados pelo livro. Por isso, fique de olho!

PS2: A foto não faz justiça à cor do bolo, pois foi tirada à noite, com a deliciosa iluminação fluorescente da minha cozinha...




segunda-feira, 26 de maio de 2014

Acabei de Ler: Fiquei com o seu número

UAU. Essa é a única palavra que, para mim, consegue resumir o conteúdo de Fiquei com o seu número, de Sophie Kinsella. Para quem não a conhece, Sophie é autora de livros como O segredo de Emma Corrigan, Samantha Sweet executiva do lar e da série Becky Bloom, dos quais já li Delírios de consumo na 5ª Avenida e A lista de casamento de Becky Bloom, todos livros engraçados, de leitura leve e descontraída e que pesaram bastante na decisão da compra de Fiquei com o seu número.



Só que logo nas primeiras páginas achei que tinha me enganado : a estória de Poppy começa poucas semanas antes de seu casamento, com a perda de seu anel de noivado (de esmeralda, “na família há gerações”), com o roubo de seu celular (cujo número ela havia dado a todos aqueles que poderiam de alguma forma ajudar a encontrar o anel) e com o resgate de um celular de uma lata de lixo. Esse aparelho resgatado é corporativo e deveria ser utilizado pela assistente de um dos gerentes de uma grande empresa para filtrar e encaminhar a este mensagens e e-mails importantes. Poppy resolve pegar o celular emprestado por apenas alguns dias, mas a protagonista mal podia imaginar (eu também não) que ela se envolveria até em uma conspiração para acabar com a reputação do fundador da empresa à qual o celular pertencia.


E mal podia eu imaginar como um livro que me deu desespero nas primeiras páginas, poderia se tornar tão profundo e engraçado. Vários personagens pontuam os capítulos, mas é em torno de Poppy e Sam – o empresário – que quase tudo acontece. Poppy é uma fisioterapeuta inglesa à voltas com os preparativos de seu casamento, com sogros intelectuais e insuportáveis, um noivo aparentemente perfeito, uma amiga legal, outra nem tanto e uma cerimonialista folgada. Sam é um empresário superultramega ocupado, grosso, estúpido e, na opinião de Poppy, infeliz.

As páginas vão passando e lições de vida começam a surgir através de situações que tiram os personagens da zona de conforto e que vão mostrando quão diferentes as leituras da lida podem ser. Não certas ou erradas. Simplesmente diferentes.


Como o livro termina? Não posso contar o que está nas últimas páginas, mas posso garantir que se você resolver lê-lo, no final certamente haverá um sorriso estampado no seu rosto!



Sobre a autora
Madeleine Wickham, ou Sophie Kinsella, nasceu em 12 de dezembro de 1969 em Londres. Antes de escrever livros voltados predominantemente para o público feminino (como Fiquei com o seu número e todos os outros que já citei), ela era jornalista de economia, como sua personagem Becky. Para quem quiser saber mais sobre ela, podem encontrar mais no Facebook e em seu site

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Porque capricho e damascos nunca são demais!

Olás!

Vocês não sabiam, mas eu tenho uma wishlist, ou lista de desejos, devidamente anotada no caderninho para o caso de alguém se oferecer para me dar um presente e não estar na dúvida sobre o que eu gostaria de receber... (#ficaadica)

Pois nesse fim de semana a lista ficou menor em 2 itens desejados há, tipo, anos: uma batedeira planetária e uma forma para bolo com furo no meio decorada. Quando cheguei na loja, onde eu havia ido para comprar um pijama e uma capa para colchão, vi a promoção e fiquei balançada. Nesse momento o apoio do marido foi fundamental para a decisão de levar os itens para casa. A batedeira planetária é um daquele eletrodomésticos que para muitos pode ser considerado um exagero mas que quem gosta de cozinhar e já usou não vê mais graça em usar o modelo mais simples, como eu, por exemplo. Quanto à forma de bolo, eu já tenho uma comum, de alumínio, lisas, daquelas compradas em supermercado, que desempenha seu papel muito bem, obrigada. Mas para mim beleza e capricho nunca são demais e nada melhor do que transformar um simples bolinho em um bolo vestido para festa com uma forma como essa!

Marido, como já disse, apoiou as minhas aquisições, mas não sem antes aplicar o teste básico:

“Você vai usar?”
“Vou.”
“Hoje?”
“Hoje”.



E então TIVE que fazer um bolo. Um bolo de batedeira que pudesse ir para uma forma com furo no meio. Procurei nos meus livros, encontrei muitas receitas mas eu não tinha a maioria dos ingredientes em casa e já estava me rendendo ao fato de que ou eu sairia para ir ao mercado ou ficaria sem bolo, ouvindo o marido cobrar semanas a fio o que eu havia prometido na loja. Foi então que encontei uma receita de Bolo de Damasco no livro Bolo de Avó. A receita pedia batedeira, tinha cara de poder ser feito em forma de buraco e.... eu tinha apenas um quarto de xícara de damascos e não tinha conhaque. O que fazer? Desistir? Nem pensar! Arrisquei então com passas brancas junto com um punhadinho de damascos picadinhos que estavam perdidos no fundo da minha geladeira e o conhaque foi substituído por mais leite.

O resultado está aqui: um bolo fofo, cheiroso, gostoso e bonito!! Com direito a elogio do marido: “Se eu soubesse que ia fica tão bom teria levado você para comprar a batedeira antes!”.




BOLO DE DAMASCO
(transcrevo a receita original, indicando as adaptações que fiz)

Ingredientes
4 ovos
2 xícaras (chá) açúcar  
4 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 xícara (chá) de amido de milho
1 xícara (chá) leite
½ xícara (chá) de conhaque (eu substituí por leite)
½ colher (sopa) de canela em pó
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 xícara (chá) de damascos secos picados (eu substituí em parte por uva passa branca)

Modo de preparo
Bata na batedeira as gemas, o açúcar, a manteiga até formar um creme. Acrescente a farinha de trigo, o amido de milho, o leite, o conhaque, a canela e bata por 2 minutos, Misture o fermento e os damascos. Bata as claras em neve e incorpore, delicadamente, à massa. Passe para uma forma untada e enfarinhada e leve ao forno pré-aquecido em temperatura média por 40 minutos. Espere amornar e desenforme. Para aumentar a firula, eu cobri com açúcar de confeiteiro.


PS: O bolo pode tranquilamente ser feito com a batedeira comum e numa forma retangular. É que no meu caso as ferramentas acrescentaram o ingrediente empolgação ao preparo!
PS2: Nota mental - Dobrar a quantidade de frutas da próxima vez.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Esmalte(s) da Semana: Ouro Nude e Granulado Rosé - Risqué

Olás!

Essa semana deu uma vontade de usar um esmalte neutro e fui logo buscar um que eu tenho há um bom tempo mas do qual nunca falei aqui: o Ouro Nude, da Risqué. Vou falar dele aqui mesmo sem saber se ele ainda está sendo vendido: se estiver, aconselho a compra; se não estiver, peço por favor à Risqué que reveja a lista de cores disponíveis no mercado e recoloque a disposição a linha Fast Fashion. Porque o Ouro Nude é um daqueles esmaltes básicos, necessários, que aparentemente não tem nada demais mas que surpreendem. Adoro esse tom e tenho outros esmaltes dessa gama de cores, mas esse em especial se destaca justamente pelo tom que lhe dá nome: ouro. Ele não é apenas um tom neutro, mas pequenas partículas douradas que dão um toque todo especial sobretudo quando olhadas à luz do sol.



Mas eu, não contente, fui testar a mistura dele com um que ainda estava intocado na minha caixa: o Granulado Rosè da linha Color Effect, também da Impala. Esse, ao contrário do primeiro, de neutro não tem nada. Pelo contrário. É uma união linda de esmalte transparente com um fino glitter em tom rosado. E ainda tem a vantagem de ser ótimo de passar justamente porque as partículas de brilho são pequenas e fica muito mais fácil cobrir a unha de brilho com poucas pinceladas e seca rapidinho.



E o resultado....



Adorei a brincadeira de misturar! Eu ia fazer só uma filha-única, mas fiquei tão empolgada com o resultado que mandei ver em todas as unhas! Já estou pensando nas próximas combinações!

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Esmeraldas, Algodão e Morangos.

Não é todo dia que se comemora 1 ano de casamento. 40 anos muito menos. 40 anos e 1 ano no mesmo dia então? Poucos tem esse privilégio! Explico: minha irmã e meu cunhado escolheram para seus votos o dia 06 de outubro (o post está um tantico atrasado, eu sei), mesma data em que meus pais se casaram. E aí, no mesmo dia em que aqueles comemoravam suas bodas de algodão, estes comemoravam nada menos que suas bodas de esmeralda. E mais uma vez, por vários motivos que vão muito mas muito além do material, minha irmã juntou as festas num almoço delicioso na casa dela.

Foi uma comemoração bem íntima, para poucos convidados, mas deliciosa e memorável, com direito a toalha e guardanapos de linho bordados, presentes, anel e buquê de rosas...


Mas não foi exatamente para falar da festa que comecei a escrever. Quando começamos, eu, minha irmã e minha mãe, a pensar em quais pratos preparar, ficou decidido que a sobremesa ficaria por minha conta e sugeriram que eu fizesse um bolo com morangos e chantilly que minha irmã jurava-de-pé-junto que eu já havia preparado em alguma era muito distante. A receita estava até anotada no meu antigo caderninho! Pois quando olhei os ingredientes comecei a desconfiar que alguma confusão estava ocorrendo, mas topei mesmo assim.

Desconfiada providenciei os ingredientes e durante o preparo eu tive a mais absoluta certeza de que eu nunca havia feito nada parecido e a mais desesperadora sensação de que aquilo não daria certo. A mistura de ingredientes vai formando uma maçaroca, que parece não render mais que o equivalente a um cupcake, mas já estava no meio do processo e resolvi ir até o fim e o bolo foi para a festa com seus morangos e chantilly. Tanto minha mãe quanto minha irmã, depois de provarem o dito cujo, concordaram que eu nunca havia feito nada similar antes. Em compensação, todos repetiram a dose, porque ficou tão bom mas tão bom que só experimentando para entender o que eu digo.

A receita foi tirada da coleção Il Piatto d’Oro, uma linda enciclopédia culinária italiana em 12 volumes, editada em meados dos anos 60. É uma daquelas preciosidades que não tem preço!



BOLO DE MORANGOS (mansikkartottu)  

250 g de morangos limpos cortados em pedacinhos + alguns inteiros para a decoração
175 g de açúcar
100 g de farinha de rosca
250 ml de creme de leite fresco
5 ovos
1 colher de sopa de extrato de baunilha
1 colher de sopa de manteiga 

Antes de tudo coloque o creme de leite para gelar e o forno para aquecer a 180 graus. Coloque as gemas de ovo em um recipiente com o açúcar e bata com um batedor de arame (fouet) ou com a batedeira até obter um creme fofo e esbranquiçado. Acrescente então a farinha de rosca, a baunilha e os morangos em pedaços. Em outro recipiente bata as claras em neve (bem firme) e acrescente-as à mistura de gemas, misturando com cuidado. Unte uma forma com manteiga e, importante, “enfarinhe-a” com açúcar. Transfira a massa para a forma e leve ao forno pré aquecido a 180 graus por 35 a 40 minutos ou até que um palito, quando enfiado no centro dela, saia limpo. Quando o bolo estiver morno, desenforme-o, com extremo cuidado, de preferência sobre uma grelha para que esfrie completamente e possa, depois, ser transferido para o prato. Bata o creme de leite bem gelado até obter o ponto de chantilly, coloque-o num saco de confeitar e cubra o bolo como sua criatividade mandar, sem esquecer dos morangos inteiros que foram reservados para a decoração.

Esse post é dedicado à querida Suzana, minha madrinha e amiga, que no dia da festa me pediu a receita e só agora está sendo atendida!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Acabei de ler: A Rainha do Castelo de Ar

Olás!

Vocês já ficaram com raiva de um autor porque ele morreu? Eu sim. E o nome dele é Stieg Larsson.

Estou brincando. É claro que eu não tenho raiva dele e vou esclarecer antes que me julguem mal. O jornalista sueco morreu em 2004: ele faleceu muito novo e não posso deixar de pensar na vida que ele ainda tinha pela frente. E mais ainda: não consigo parar de imaginar a quantidade de livros que ele poderia ter escrito, mas não teve tempo de fazê-lo. E tenho certeza de que seriam livros dos quais eu iria gostar muito, como a Trilogia Millenium, a culpada pela falta que sinto da mais remota possibilidade de ler novas obras de Larsson. Podem rir de mim, mas quando comecei a ler o terceiro volume da série, A Rainha do Castelo de Ar, eu propositadamente o fiz muito lentamente, para fazer com que o livro durasse mais, como comer um biscoito recheado por partes para prolongar o prazer de seu sabor...

Bem, li o livro inteiro e senti um vazio enorme quando terminou. Ao mesmo tempo fiquei aliviada por ele ter sido tão bom quanto os outros dois, pois eles foram tão surpreendentes que fiquei com muito receio de ter uma grande decepção. A Rainha do Castelo de Ar é um livro denso, da primeira à última palavra, daqueles que nos mantêm com os olhos colados em suas páginas e, apesar da minha intenção em retardar ao máximo seu término, depois de três capítulos a minha resolução tinha ido pras cucuias. É impossível parar de ler a estória que agora envolve não apenas Lisbeth e Michael, mas muitos outros personagens. Ela dança magistralmente entre passado e presente sem perder o fio da narrativa e cada personagem é criado minuciosamente, com uma história de vida que não necessariamente está explícita, mas está ali, nas entranhas e o torna real, quase palpável. 

São tantos detalhes importantes que é impossível contar um livro em um único post. Ele deve ser lido. A trilogia deve ser lida. Só assim será possível entender e sentir aquilo que estou tentando dizer. Não basta apenas dizer que são três livros cujos temas principais são bem pesados, como a exploração e a violência sexual contra mulheres, intrigas, corrupção e assassinatos. 



Eu não lia um livro que envolvia tão bem suspense e crimes há muito, muito tempo. Talvez nunca tenha lido. Talvez nunca mais leia já que, voltando ao início do post, Stieg não está mais entre nós. Para não dizer que nada mais lerei algo que envolva seu nome, encontrei por acaso sua biografia, escrita por Jan-Erik Pettersson. Pelo que ouvi dizer, sua vida não é menos interessante que seus livros.

E nas minhas andanças pela internet encontrei este artigo, datado de 2013, onde acende-se a possibilidade da saga ter continuidade mesmo sem Larsson. Vamos aguardar.

PS: Depois que terminei de ler o livro, vi a versão hollywoodiana o filme Os Homens que Não Amavam as Mulheres, o primeiro da trilogia Millenium, com Daniel Craig e Rooney Mara (que ganhou o Globo de Outro como Melhor Atriz em Filmes de Drama). Na minha opinião não é propriamente o que eu classificaria como um filme ruim e sei que adaptações cinematográficas nunca representarão exatamente aquilo que lemos nos livros, mas sinto-me na obrigação de dizer que o roteiro em questão não conseguiu sequer dar uma noção da profundidade dos enredos. Mesmo com a atuação brilhante de Mara, senti como se estivesse assistindo apenas a uma sequencia de trechos que em momento algum foram ligados entre si. Já que me disseram que a trilogia sueca é muito melhor, estou disposta a tentar assim que eu a encontrar, mas vou sem expectativas, já sabendo que livro e filme são duas coisas beeeem distintas.


terça-feira, 6 de maio de 2014

Festas Boas, Bonitas e Baratas

Olás!

Lááááá no post sobre a retrospectiva de janeiro (sim demorei para publicar esse texto aqui) falei a respeito da festa que eu e minha irmã organizamos para o meu aniversário mas não dei maiores detalhes. Devo começar dizendo que estamos nos especializando em fazer festas a baixo custo, não apenas pela falta de grana para fazer grandes eventos, mas porque acreditamos realmente que mais importante que uma decoração cheia de pompa – e que no final irá para o lixo - é comemorar pertinho das pessoas que amamos e que nos amam. Contudo, o orçamento reduzido para a festa não deve ser sinônimo de falta de qualidade na comida, na bebida, na decoração e no calor humano!

Como fazer uma festa low cost então?

Em primeiro lugar reduzimos o número de convidados, óbvio. Colocamos sempre um número máximo, que depende diretamente do espaço disponível. Infelizmente há muitas pessoas que acabam ficando de fora, mas aqueles que são nossos amigos de verdade entendem que às vezes não dá pra chamar mais que pai, mãe, sogro e sogra.

Outra mudança que fizemos foi na comida e isso reduz bastante o investimento monetário. Ao invés de comprar tudo pronto, tentamos preparar o máximo possível em casa e montamos um cardápio que além do valor, leva em conta o tempo disponível para irmos para a cozinha. Depois de vários testes percebemos que uma das coisas que dá super certo é fazer o convidado participar da montagem do prato, porque isso passa a fazer parte da diversão. No ano passado, para o meu aniversário, organizamos uma pastelada, onde todos acabaram colocando literalmente a mão na massa e foi divertidíssimo. Deixamos o rolo de massa pronta sobre uma tábua para que a pessoa o cortasse no tamanho e no formato desejado. Ao lado estavam potinhos com os mais variados ingredientes para o recheio, como azeitonas picadas, presunto e mussarela ralados, requeijão, milho, carne moída refogada entre outros. Para fritar as obras de arte, uma fritadeira elétrica no canto da mesa e muito, mas muito papel toalha. Foi um barato ver todos inventarem recheios, enfeitar os pastéis, fazer desenhos nas bordas com o garfo e, o mais importante, conversando, rindo, propondo “o desafio do pastel” e se divertindo um bocado. Nem precisou apresentar uns aos outros porque eles mesmos se encarregaram de fazer isso em volta da mesa do pastel!


Esse ano tivemos que reduzir drasticamente a quantidade de pessoas por falta de espaço, mas ainda assim queríamos fazer algo interativo. Só que fazer pastel não apenas seria um repeteco do ano passado, mas acabaria desperdiçando um bom tanto de ingredientes, já que a variedade para o recheio é muito grande e o número de esfomeados, pequeno. Resolvemos então fazer cachorro quente, já pensando no que poderíamos fazer caso os ingredientes sobrassem.

Comecei fazendo uma lista de tudo que eu iria precisar, mas tudo mesmo, dos ingredientes à decoração. (está sendo preparado um post onde falarei da importância das listas para diminuir o estresse e a possibilidade de algo dar muito errado no pior momento possível). Depois disso todo o trabalho que eu tive foi cozinhar as salsichas já em pedaços no molho pronto, picar pepinos em conserva e tomates, abrir uma lata de ervilhas, uma de milho e um saquinho de batata-palha, colocar o requeijão no pote e encomendar três tipos de pães, o de banha, o sanduíche e o francês. Minha irmã disponibilizou a casa e a chapa para prensar os lanches, além dos apetrechos, como pratos, copos e talheres. E mais uma vez deu certo! Acertamos na quantidade de ingredientes e sobraram pouquíssimas coisas: um pouco de salsicha que virou acompanhamento para arroz branco, um pouco de tomates que deram vida a um vinagrete e uma quantidade considerável de pão (marido insistiu para encomendar mais porque achou que o tanto que eu tinha pedido era pouco) que foi para o freezer para ser utilizado mais tarde como café da manhã ou lanche. Desperdício zero!



É importante ressaltar que minha irmã montou um kit-festa básico que é utilizado em quase todos os eventos na casa dela e muitas vezes é emprestado para comemorações na casa de outras pessoas: ela comprou um tanto de pratos daquele plástico branquinho decorado mais resistente e de copos americanos de acrílico colorido, além de um jogo de talheres de aço. O negócio é ter peças que combinem entre si e que de adaptem a vários tipos de eventos e de decoração. Isso elimina a necessidade de ficar comprando pacotes e mais pacotes de pratos plásticos que não resistem ao calor da comida, copos plásticos que não podem ser segurados com muita força porque esmagam facilmente e talheres plásticos que quebram na primeira tentativa de espetar uma coxinha. Embora tudo possa ser adquirido em lojas de 1,99, inicialmente o investimento é um pouco mais alto, mas conseguimos, fazendo isso, reduzir o lixo, o tempo gasto nas lojas de descartáveis e o espaço necessário para guardar o material que vai se acumulando de uma festa para outra porque esquecemos de olhar o nosso “estoque” antes de sair às compras e ficamos com oito pacotes pela metade de copos de várias medidas e modelo enfiados em algum canto da casa.



Moral da estória: é possível sim fazer uma festa gostosa sem gastar o salário do mês nem perder semanas com os preparativos. Basta soltar a criatividade e com um pouco de organização e de planejamento você e seus convidados vão se surpreender com o resultado! 

quinta-feira, 24 de abril de 2014

O que queremos. O que devemos.

Olás!

Eu não sei vocês, mas eu ainda estou com aquela ressaca típica de feriado prolongado. E olha que não comi nem bebi demais! Só estou com aquela preguiça típica de volta “à vida normal” depois de quatro dias de folga. Além disso, ando meio sem inspiração para escrever e por isso estou em dívida com esse meu pequeno espaço e com vocês, pessoas queridas, que estão aí do outro lado.

Sei que prometi dar mais atenção ao blog, escrever mais, estar mais presente e não estou fazendo nada disso. Às vezes fico com a sensação de que seria melhor mesmo deixar pra lá. E não estou falando apenas do blog, mas de outras coisas que comecei e não terminei, mesmo tendo feito mil promessas. Seria mesmo muito mais fácil se pudéssemos simplesmente dar de ombros e deixar pra lá. Só que não.

O problema é que não são poucas as vezes em que deixamos de lado aquelas coisas que nos dão prazer, que açucaram os nossos dias, aquelas paixõezinhas que nos fazem sorrir, para dedicarmos apenas às obrigações que, em alguns (muitos) casos, não nos dão a mesma satisfação: trabalhar, pagar contas, cuidar de casa, fazer supermercado, lavar roupas... Sei que tudo isso “faz parte” e que devemos encarar essas tarefas – já que elas devem mesmo ser feitas – da forma mais positiva possível, mas estou me convencendo que não pode ser só isso!

Estou me recusando veementemente a limitar a minha vida apenas ao que DEVO fazer e estou abrindo mais espaço para o que QUERO fazer. Quero brincar muito com a minha pequena, estar o máximo possível perto dela e do meu marido, escrever aqui no blog, voltar a desenhar e a fotografar mais, preparar pratos que vão além do arroz e feijão de todo dia...  

Isso não significa que não gosto das coisas que faço todos os dias: adoro meu trabalho e limpar a casa para mim não chega a ser uma tortura, mas posso fazer uma forcinha para conseguir encaixar minhas paixões no meu dia-a-dia, sem esperar sempre “uma data especial”. Como fazer isso? Basicamente a resposta é: organização! Quero fazer meu tempo render, mas sem enlouquecer, e assim economizar alguns preciosos minutos que poderão ser usados para, por exemplo, fazer um desenho no meu caderninho novo. Além disso, percebi que muitas vezes deixei escapar ideias sobre os mais variados assuntos simplesmente por não ter um papel e uma caneta por perto. E aí perdi inspirações para textos do blog, projetos para a casa, presentes para amigos, brincadeiras a fazer com a minha pequena e o desânimo bate e me pego pensando "ando tão sem ideias...". As vezes as ideias reaparecem, mas as vezes elas se perdem pra sempre.

Quantas já perdi até hoje? Não sei. E não tenho tempo de ficar contando, pois tenho algo melhor a fazer, como terminar esse desabafo, espantar a preguiça e ir correndo escrever mais um texto sobre o esmalte que estou usando, outro sobre uma torta deliciosa que fiz e mais um sobre o caderninho novo do qual falei agora há pouco.


Obrigada por sua visita e até o próximo post!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Esmalte da Semana: Mesquita Azul - Colorama

Olás!

Depois de um branquinho lindo como o Joga Sal Grosso, radicalizei e passei para um azul intenso, que de tão profundo é tranquilamente confundido com o preto: estou falando do Mesquita Azul, da linha Misteriosa Turquia da Colorama.

Para começar prometo que nunca, jamais, de jeito nenhum, em hipótese alguma vou passar novamente um esmalte escuro como esse à noite. Aparentemente ele ficou lindo e maravilhoso, mas quando fui ver no dia seguinte estava cheio de falhas e manchas... Por isso só vou passá-lo novamente se eu estiver em um lugar muito, mas muito bem iluminado mesmo!

Tirando isso, o esmalte é lindo, a cor é apaixonante, diferente de tudo que eu já usei. Por ser muito escuro, como disse, muitas pessoas me perguntaram se ele era preto, mas no sol, o seu tom azul noite aparece de maneira intensa e é uma pena que nas fotos eu não tenha conseguido captar essa característica. 



O Mesquita Azul tem uma textura muito boa, aparentemente fácil de aplica, mas como disse acima, é necessária muita, mas muita luz para que o resultado fique bom. A limpeza dos cantinhos não deu trabalho nenhum e não deixou aquela sujeirinha típica. 

Estou doida para transformar esse Mesquita Azul num céu estrelado. Assim que isso acontecer, eu conto por aqui!



quarta-feira, 2 de abril de 2014

Cliques!

Até hoje no blog falei pouco sobre minha paixão por fotografias, deixando-a subentendida nas imagens postadas, quase todas de minha autoria. Não me considero uma fotógrafa – bem longe disso – mas consigo alguns bons enquadramentos e aos poucos estou conseguindo brincar com a máquina fotográfica e suas ferramentas para melhorar meus resultados. Cheguei a fazer algumas aulas, nada muito aprofundado, e li algumas coisas a respeito, graças também a contribuição de amigos que, como eu, são apaixonados por essa arte e um dos projetos que está na minha lista é fazer um curso inteiro de fotografia, para aprender a explorar todos os recursos que tenho a disposição.

Tirei minhas primeiras fotos com uma máquina automática pequenininha que ganhei de Natal, acho que quando estava na quinta série, daquelas com apenas três botões: um de liga/desliga, um para abrir o compartimento do filme e um para bater as fotos. Depois meu pai comprou uma Pentax linda, que usei algumas poucas vezes porque morria de medo de fazer alguma coisa errada. Dessas épocas se foram as máquinas, mas restaram vários álbuns e gosto de folheá-los de vez em quando para relembrar momentos e até para ver quanto minhas fotos melhoraram!

Já no fim da faculdade consegui comprar uma Sony Cybershot, pequena, sem muitos recursos avançados, mas que viajou muitos quilômetros comigo e me ajudou a retratar momentos que são inesquecíveis. Há uns quatro anos consegui comprar uma FujiFilm linda, quase semiprofissional, e é com ela que são tiradas todas as fotos atualmente – inclusive as já postadas aqui. Com as máquinas digitais praticamente foi extinta a necessidade de revelar as fotos para saber qual seria o resultado, mas eu ainda mantenho o hábito de imprimir as fotos mais interessantes, sobretudo aquelas que são resultados de viagens – outra atividade que faz meu coração bater mais forte – e monto pequenos álbuns que vira e mexe folheio para matar a saudade dos lugares que visitei.

Todo esse falatório sobre fotografia é para inaugurar mais uma seção aqui no blog: ela se chamará Cliques e será o espaço onde vou poder compartilhar com vocês leitores algumas das milhares de imagens vistas pelos meus olhos através da lente da máquina.


Os primeiros posts já estão sendo preparados e logo logo estarão aqui. Espero que gostem e que se sintam a vontade para dividir comigo essa experiência que vai muito além do visual. 

segunda-feira, 31 de março de 2014

Feliz Aniversário!

Sábado, dia 29 este modesto blog completou um aninho de vida e, sem internet em casa, estou com dois dias de atraso para a publicação desse texto.

Podem achar que o que vou dizer é um tremendo lugar comum, mas estou muito orgulhosa e agradecida! Agradecida a todas as pessoas que me acompanharam, virtualmente ou não, e fizeram valer a pena cada foto tirada e cada palavra digitada. Muitas pessoas dizem que tem um blog mas não se importam com a opinião daqueles que leem... eu não penso assim. Se eu não me importasse não tornaria públicos os meus textos, apenas os escreveria num diário que ficaria guardadinho na gaveta. Para mim a opinião daqueles que estão lendo é importante sim e, como pedido de aniversario, espero que vocês, pessoas queridas, continuem não só me acompanhando, mas também contribuindo com o blog, através de seus comentários. E não estou falando apenas de elogios, que são sempre bem vindos, claro, mas também de criticas e sugestões!

E por falar em elogios, o orgulho fica por conta de todas as vezes que você aí do outro lado me escreveu dizendo que algo no blog foi de grande ajuda. Como é bom saber que pude contribuir mesmo que só um pouquinho!

O balanço desse primeiro ano é positivo, mas não sem ressalvas. Quero me esforçar para escrever mais e publicar todos aqueles posts que já estão listados há um tempo. Além disso estou louca pra implementar mudanças no layout, mas isso pode demorar ainda um pouquinho. 

Por enquanto espero que você continue me acompanhando por mais muitos anos de Vida Precisa!

sexta-feira, 28 de março de 2014

Esmalte da Semana: Joga Sal Grosso - Risqué

Quando compro alguma coisa nova quero logo usa-la como uma criança que ganha um brinquedo. É assim com utensílios para a cozinha, livros, cadernos, roupas, acessórios e... esmaltes! E para continuar a série dos mais novos integrantes da minha coleção, troquei o vermelho intenso do Sofia pelo branquinho Joga Sal Grosso, da Risqué. Esse esmalte faz parte da coleção Brasil por Risqué - Fé, da qual já mostrei por aqui o meu Amarração para o Amor.

Lembro bem do dia em que estava na perfumaria comprando alguns esmaltes e uma cliente, manicure, comentou que o Joga Sal Grosso era facílimo de aplicar e ficava lindo lindo. Demorou um bom tempo mas mesmo não curtindo muito esmaltes cintilantes, apostei no que ela disse e na última leva de compras ele foi incluso. Mesmo com todos os elogios, ainda fiquei com receio, mas depois da primeira pincelada vi que a moça tinha razão e o investimento valera a pena!



Ele é branco perolado, levemente furta-cor sem ficar chamativo demais. Na hora da aplicação as pinceladas não ficaram marcadas mas atenção: justamente por ser cintilante, qualquer alteração de textura (como um inocente fiapo de algodão invisível aos olhos) parece um defeito enorme e por isso as unhas precisam estar lisinhas e limpinhas para que o resultado seja bom.

Outro inconveniente foi a demora da secagem, porque eu tive que passar três camadas para conseguir a cobertura branquinha prometida pelo vidrinho e então uma bobeira e o esmalte fica marcado.


Apesar de tudo isso, a avaliação desse esmalte é muito positiva e ele ganhou até elogios sorridentes de amigas que me viram com ele nas unhas! Definitivamente, Joga Sal Grosso que atrai sorrisos e boas energias! Alguém aí duvida??

quinta-feira, 27 de março de 2014

O problema das águas de março... e do resto do ano

Dia 22 de março foi o dia mundial da água e fico me perguntando até que ponto a falta de água é normal. Continua fazendo um calor digno de inferno e a chuva que tem caído continua insuficiente para reabastecer os reservatórios, que estão em níveis alarmantes. Mas será que o problema se resume à falta de chuva? Será que simplesmente com um bom volume de água vindo do céu o problema de água vai se resolver?

Há alguns meses - quando ainda não se falava em racionamento por falta de chuvas - mudamos de casa e, logo no primeiro fim de semana ficamos sem abastecimento. O reservatório do nosso bairro é alimentado através de uma outra região da cidade onde a falta de água é corriqueira e acaba atingindo todos os moradores que desta rede dependem. A nossa sorte foi que percebemos que não chegava água da rua antes que acabasse a nossa reserva na caixa d'água e pudemos assim policiar ainda mais nosso consumo. Afinal, além das nossas necessidades temos uma menininha em casa e não podemos ficar de maneira alguma com as torneiras secas.

Conversando com o nosso vizinho, meu marido descobriu que essa situação se repetia quase todos os fins de semana, quando as pessoas estão em casa e a demanda é maior. Para prevenir futuras situações desesperadoras, pedi socorro a minha irmã, que gentilmente me cedeu dois galões de 5 litros de água filtrada, que agora ficam guardados para emergências. Na mesma semana em que isso aconteceu conosco vi uma reportagem na tv que falava justamente dos problemas de abastecimento em varias regiões do país e fiquei me perguntando como isso é possível em pleno século XXI num pais considerado emergente e que se orgulha de sediar a próxima Copa do Mundo e as próximas Olimpíadas. Mais arrepiada fiquei quando lembrei que os romanos construíram aquedutos há mais de dois mil anos que abastecem a cidade de Roma até hoje, sem dispor de toda a tecnologia existente nos dias atuais. Ainda tive que ouvir uma repórter dizer que em alguns bairros do Recife a água chega apenas até o quintal das casas, porque não tem forças para chegar às torneiras internas...

A cidade onde moro, assim como muitas outras, esta situada em cima do Aquífero Guarani, uma reserva de agua enorme. Então o problema aqui, a priori, não é a falta de água, mas sim o abastecimento. É um problema de infraestrutura, de investimentos e, porque não, de boa vontade, que atravessa os anos e não se resume às estações mais secas. Cada vez mais tenho a sensação de que obras de abastecimento e infraestrutura não interessam aos nossos governantes, já que, enterradas, são invisíveis e consequentemente pouco interessantes politicamente. Por isso tenho minhas dúvidas de que, como disse acima, só uma boa chuva vai resolver nossos problemas.

Isso sem falar no desperdício de água nas mangueiras das simpáticas senhoras que insistem em lavar suas calçadas ou nas minas que surgem no meio do asfalto das quais jorram litros de água limpa cujo destino é a boca de lobo mais próxima. Enquanto isso nossas bocas correm o risco de ficar secas como as nossas torneiras...

quinta-feira, 20 de março de 2014

Acabei de Ler: La prima Indagine di Montalbano

Uma das vantagens de dominar vários idiomas é a possibilidade de ler livros que não necessariamente são editados na língua mãe do leitor – ou na língua do país onde ele vive. Esse é meu caso: nasci na Itália e vivi lá até os onze anos. Quando me mudei para o Brasil aprendi a ler, escrever e falar português na escola, mas sem perder o contato com as minhas origens e depois de alguns anos, comecei a dar aulas de italiano e graças a essa atividade consegui não apenas manter o que eu já sabia, mas pude aprofundar o conhecimento formal do idioma. Hoje, exatamente pelo domínio que tenho tanto do português como do italiano, consigo falar, escrever e ler praticamente com a mesma facilidade nos dois.

Além disso as aulas me levaram a conhecer pessoas que assim como eu vieram de lá e trouxeram consigo um montão de livros interessantes e/ou trazem mais um tanto todas as vezes que retornam à terrinha.

Não fossem as aulas que dei e ainda dou, não teria tido a oportunidade de conhecer obras que ainda não são traduzidas para o português, como La prima indagine di Montalbano, de Andrea Camilleri.



Montalbano é um delegado de polícia perspicaz, pronto a resolver todos os casos com a dedicação e a garra típica dos sicilianos, que de tão interessante saiu das páginas dos livros e se tornou protagonista de uma série televisiva exibida pela RAI. Se bater a curiosidade, aqui está a página da série.

No livro, apesar do título ser “A primeira investigação de Montalbano”, o autor apresenta três estórias que retratam o comecinho da carreira do nosso herói através de três casos diferentes. São contos que envolvem mistério mas que, ao contrário de tantos outros do mesmo autor, não envolvem assassinatos de pessoas. No primeiro o ponto central é uma estranha matança de animais, que começa com um peixe e chega a um elefante. No segundo o personagem central é uma moça misteriosa que está supostamente envolvida com a máfia e no terceiro o caso a ser resolvido é o do sequestro – e da libertação - de uma menininha. Os três contos equilibram as doses certas de mistério, de tensão, de comédia – com as tiradas mal humoradas do delegado, que sofre de uma gastrite-crônica-quase-úlcera – e até de romance, ingredientes presentes em todos os trabalhos de Camilleri. Não vou me aprofundar porque corro o risco de dizer o que acontece no final...

Outra característica da literatura deste autor é o idioma: os contos se passam na região da Sicília e, apesar da maior parte do livro ser em italiano, os diálogos são escritos em dialeto siciliano, conferindo ainda mais realismo aos seus personagens e tornando a leitura mais árdua mesmo para quem domina o italiano, mas justamente por isso mais divertida (pelo menos na minha opinião).


Sei que para quem está lendo pode ser difícil ter acesso a essas obras, mas se tiverem oportunidade – e se souberem ler em italiano – se joguem na leitura. Não vão se arrepender!!