quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Um Luxo por Semana: Tempo

Já falei mais de uma vez aqui sobre o tempo. Ele parece ter se tornado um dos bens mais preciosos e mais escassos que o ser humano pode possuir e acredito que em grande parte por culpa do próprio ser humano. Vivemos num ritmo frenético, sempre cheios de compromissos e o pior é que muitas pessoas se orgulham disso, como se ter uma agenda cheia fosse sinônimo de alguma coisa. Tem gente que chega a marcar na agenda um horário para ter "tempo livre"!

Eu, que sempre gostei de realizar várias atividades ao mesmo tempo, comecei a rever meus conceitos depois que minha filha nasceu. Para manter minha sanidade mental, continuo fazendo várias coisas, mas durante a semana, quando minha filhota chega em casa largo o que estou fazendo para ficar com ela até a ora dela dormir. Não importa se vai demorar quinze minutos ou três horas para chegar a hora dela ir para a cama, importa a qualidade do tempo que passo com ela, que também é um tempo meu, que tiro para reabastecer de energia corpo e alma. 

E foi graças a esses momentos - às vezes pequenos, às vezes nem tanto - que aprendi a também aproveitar outros instantes, a fazer deles pequenos luxos, a aproveitar cada segundo disponível para fazer algo que me dê prazer. Foi o que fiz no fim de semana que passou: fui logo cedo com a minha irmã e minha filhota até a floricultura, comprei algumas mudas de temperos e de flores e à tarde dei a todos eles uma nova casa, em vasos maiores, em terra fofa e adubada. Aproveitei também para limpar e adubar os vasos que andaram abandonados nas últimas semanas, usei os pequenos vasinhos das mudas compradas para semear alface, mostarda, pimenta e tomates que, assim que brotarem e ganharem um tamanho razoável, serão devidamente transplantados para floreiras espaçosas. E fiz tudo isso com a minha filhota do meu lado, acompanhada por uma mamadeira de suco, ora sentadinha na cadeira do meu lado olhando curiosa o que eu fazia, ora explorando o quintal à procura de algo para brincar.


O resultado desse luxo da semana? Vasinhos novos para enfeitar a casa e lembranças inesquecíveis para enfeitar minha memória. 


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Esmalte da Semana: Cinza Super - Impala

A primavera já chegou e parece já ter ido embora para dar lugar a um verão quente e abafado. Sei que até ontem estava reclamando do frio e hoje reclamo do calor, mas vamos combinar: a primavera amena poderia nos dar pelo menos a chance de curti-la um pouquinho, né? 

Como contraponto a esse calor todo e às cores quentes que usei nas últimas semanas, resolvi partir para uma cor fria e mais sóbria e o escolhido foi o Cinza Super da Impala. Ele é um dos integrantes da recém lançada coleção Color Force, que conta com quatro cores e uma base primer, todos com ingredientes como D-Pantenol,  queratina e óleo de macadâmia e promete restabelecer a estrutura das unhas e torna-las mais resistentes e elásticas. Nada melhor que um esmalte lindo e que ainda ajuda a cuidar da saúde das unhas!


Como disse, o Cinza Super é lindo.  É um cinza intenso, cremoso e levemente azulado. Na primeira camada ele fica transparente, mas na segunda a cobertura fica perfeita. Sua aplicação é extremamente fácil devido à sua textura mais "rala" e a limpeza da pele é mais tranquila ainda. Não usei a base primer, mas uma base comum e mesmo assim o resultado merece nota dez.

Apesar de ser uma cor mais fria, o Cinza Super é tão sóbrio que combina muito bem com todas as cores das estações mais quentes e já estou pensando em outras possibilidades de uso, como por exemplo com francesinha ou filha única. Certamente durante a temporada primavera-verão, ele aparecerá mais vezes por aqui!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Acabei de Ler: Uma História de Amor

Este livro não é nenhum lançamento nem é absolutamente um daqueles que se enquadraria hoje no rótulo de best sellers. Compra-lo em livrarias é quase impossível, mas com um pouco de sorte, talvez algum sebo ainda esconda um ou outro exemplar, como esse que eu peguei emprestado da minha irmã. Já foi lido por milhões de pessoas e quem sabe até por você, pessoa que está lendo o presente post.

É um livro bem fininho e seu enredo é fascinante de tão simples: o moço de família rica apaixona-se pela moça de família humilde e, apesar da opinião do pai dele, casam-se. O livro é tão curto que é uma tarefa árdua falar mais sobre seu conteúdo, pois corre-se o risco de contar o livro inteiro, inclusive seu final. É uma literatura completamente diferente do que tenho lido ultimamente, com o protagonista - Oliver Barret IV - contando os fatos sempre na primeira pessoa, como num diário, onde os acontecimentos são narrados em sequencia cronológica, dia após dia. É tudo muito simples e mesmo assim consegue ser intenso e capturar tanto a atenção do leitor que não é impossível lê-lo de uma vez só. É um recorte claro da vida dos personagens que representa talvez o período mais importante de suas vidas, onde o que conta é o presente. O passado existe, deu origem a essas pessoas, mas não precisa ser necessariamente revirado e o futuro... Bem, no futuro ninguém sabe o que acontecerá, pois o livro termina justamente quando se encerra essa fase da vida de Oliver e Jennifer. Não ficam brechas, nem caminhos abertos, nem pontas de estória soltas, pois o livro tem um começo, um meio e um fim claríssimos. Um pouco desse futuro foi contado em A História de Oliver, que li há muito anos e que pretendo reler, entusiasmada pela leitura de Uma História de Amor.


Depois que terminei de ler o livro fui procurar mais informações sobre obra e autor e fiquei impressionada ao saber que Love Story foi escrito no comecinho dos anos 70 por um jovem Erich Segal, que na época tinha apenas 32 anos. Em um momento de libertação, de reviravoltas políticas, de liberdade sexual, de discursos apaixonados, Segal escreve um livro que exala amor em todas as suas páginas, do começo ao fim. E que fim! Diferente de todos os clichês da época, mas que não vou contar para não estragar a leitura daqueles que porventura se interessarem.

Ah! Informação adicional: o livro deu origem a um filme com o mesmo nome, que ainda não vi, com Ryan O'Neal no papel do personagem principal e o sucesso das duas obras deu a seu autor fama e dinheiro. A História de Oliver também foi filmada, mas não obteve tanto sucesso quanto Love Story, que arrebanhou uma legião de fãs apaixonados por ele e por sua trilha-sonora, cuja música principal pode ser ouvida clicando aqui.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Esmalte da Semana: Amarração para o Amor - Risqué

A primavera resolveu finalmente dar o ar da sua graça e os dias ensolarados estão resistindo, apesar de nuvens teimosas continuarem querendo aparecer por aqui. Em contraste com o esmalte da semana passada - o Catavento - eu ia passar um branquinho, mas ao ver o sol e as flores no meu jardim não resisti: achei que colocar mais cor nas unhas poderia ser uma boa opção para celebrar a chegada da nova estação, mesmo que com quase um mês de atraso!
A cor escolhida foi o Amarração para o Amor. Ele faz parte da linha Brasil com Fé, recém lançada pela Risqué e cujas cores - e nomes - tem tudo a ver com o Brasil. Vale aqui lembrar que a marca vem homenageando o Brasil em suas últimas coleções e esse tributo tem dado muito certo, na minha opinião. Com cores tão lindas a minha vontade era ter todos os vidrinhos na minha maleta, mas ainda não consegui realizar essa vontade, um pouco porque as perfumarias daqui tem algumas limitações e as coleções parecem nunca chegar completas, e um tanto por acomodação minha que poderia comprá-los via internet. Enfim...
Como estava dizendo, o escolhido da semana foi o Amarração para o Amor, dessa vez pela cor e não pelo nome, embora prevenir nunca seja demais, né?

Quando vi o vidrinho, achei que na unha ele ficaria um tanto rosa fluorescente, mas quando vi o resultado final, amei! O tom dele é um fúcsia intenso, muito mais profundo do que o vidrinho mostra. Ele fica charmoso sem ser sóbrio demais, colorido mas sem muita extravagância e justamente por isso se dá bem com vários tipos e várias cores de roupas, desde o terninho preto básico - que ganha um toque extra com esse esmalte - passando por uma combinação descontraída como jeans e blusinha, até uma produção mais sofisticada para sair à noite. Falo porque testei todas as opções e todas funcionaram muito bem! É um esmalte perfeito para quem quer sair da linha "vai bem com tudo" branquinho-vermelho-marrom. E não são só esses os pontos a favor: eu passei duas camadas, mas na primeira a cobertura já é muito boa, o acabamento é super brilhante, sem necessidade de top coat, ele seca rapidinho e ainda dura muito! Ele só não serve cafezinho, mas não dá para querer tudo na vida!
Pois bem: mais um para a minha lista de queridinhos. Agora só me resta correr atrás do resto da coleção para saber se os outros esmaltes são tão bons quanto esse. Aguardem!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Acabei de Ler: Cinquenta Tons de Cinza

Já acabei de ler esse livro faz um tempo, mas acho que ainda estava digerindo-o, pensando se valeria a pena escrever sobre ele aqui no blog. No fim, disse a mim mesma: "Porque não? Às vezes a vida precisa de livros dos quais não gostamos."
Voltando um passo para trás, explico que eu sempre tive preconceito com os best sellers do momento. Aqueles livros que estão na porta de todas as livrarias formando espirais e pirâmides. Aqueles dos quais todos mundo fala e você, que não o leu, fica com cara de ponto de interrogação. Para dar uma ideia, acabei comprando o meu exemplar de "O Código da Vinci" convencida por uma amiga, numa feira do livro, com 50% de desconto algo como um ano depois do lançamento. Prefiro esperar um tempo, esperar a poeira baixar, tentar descobrir algo a mais a respeito do volume e se o que eu encontrar me despertar qualquer curiosidade, encaro a leitura. Muitas vezes acabo me surpreendendo e tendo que rever minha opinião e quando isso acontece, fico imensamente agradecida por ter dado o braço a torcer.
Com "Cinquenta Tons de Cinza" o começo não foi diferente. A maioria das mulheres que conheço falava do livro, cochichando, como se estivéssemos na Idade Média e o livro fosse algo proibido. Algumas casadas então falavam do livro como se estivessem traindo o marido. Os comentários gerais me deram a entender que era um livro de sexo. Não um livro erótico, provocativo, instigante. Não. De sexo. Não era absolutamente por puritanismo minha resistência, mas sim pelo tom medieval com que todas as mulheres falavam do assunto do livro. Decidida a não lê-lo, assumi as consequências de ser tratada como uma leitora-fora-de-moda até o dia em que minha irmã me garantiu que o livro não era só de sexo, que tinha questões psicológicas envolvidas e que eu deveria encarar, nem que fosse para ter mais argumentos para criticar depois. Geralmente gosto bastante dos livros que ela me indica, por isso topei. 

Li a versão em italiano e, como não conheço a versão em português, não consegui decifrar se as frases curtas, truncadas, do tipo "três palavras e ponto", daquelas que parecem degraus de um passo e meio, eram falhas de tradução ou característica da autora. Mas essa característica, independente de sua origem, só contribuiu para que eu não gostasse do que estava lendo. Mesmo assim banquei a orgulhosa e fui em frente, decidida a chegar até o fim. Para isso tive que conviver com personagens estereotipados que se alternavam na tarefa de me irritar, ora com seus complexos de adolescente virgem, mesmo não sendo mais adolescente, ora com sua mania de manipulação e controle, com aquele perfume de "eu sou lindo e maravilhoso como você nenhum outro homem na galáxia e por isso todas as mulheres fazem o que eu quero", ora juntos fazendo exatamente aquilo que "o lindo" queria fazer. 
Em um determinado momento do livro o fator sentimento começa a aparecer, bem como alguns fantasmas do passado começam a ser sutilmente introduzidos - mas não explicados - e nenhum dos dois personagens centrais sabe o que fazer com isso. Ele, por ser um dominador convicto, parece que nunca precisou lidar com sentimentos nem com questionamentos externos, mas apenas com suas questões interiores, que ele insiste em reprimir. Ela é a dominada, não apenas por ele mas por suas próprias fraquezas, por sua curiosidade e porque não - na minha modesta opinião - por aquilo que me parece um complexo de inferioridade ainda forte em muitas mulheres (infelizmente) que insiste em dizer que "um deus grego como esse jamais olhará para mim de novo se eu não fizer tudo o que ele quer". E quando as coisas estão prestes a dar uma virada... o livro acaba. Quer dizer, não acaba, porque na última página está escrito com todas as letras que se você quer saber o destino dos personagens, deve ler "Cinquenta tons mai escuros" e depois "Cinquenta tons de liberdade". E eu, que achava que eram três livros independentes, fiquei no mínimo enfurecida por ter chegado ao fim e descobrir que o fim não estava ali, que aquele era apenas o primeiro da trilogia, sabiamente editada com três títulos diferentes, sem indicação de número de volume. 
Não sou psicóloga e não vou me aventurar mais profundamente em análises sem embasamento teórico, mas meu repertório de leiga me deixou um gosto amargo na boca depois da leitura deste livro. Um gosto de violência e de submissão, onde o sentimento parece entrar apenas para aliviar e justificar - no sentido ruim da palavra - os fatos. Além do mais é um gênero literário - ao qual não consigo atribuir um nome - que não me agrada absolutamente, com sua avalanche de pontos e parágrafos e uma certa restrição de vocabulário, já que fique com a impressão que palavras demais se repetiam o tempo todo. 
Pois bem, eu encarei o livro conforme a sugestão da minha irmã e, como pode ser percebido, acabei ganhando mais argumentos para criticá-lo. Uma amiga psicóloga, quando numa bela tarde conversávamos a respeito, me disse que concordava com todas as minhas críticas mas que seria interessante que eu lesse os outros dois volumes. Ainda não sei se vou topar. Se isso acontecer, certamente não será logo, considerando a pilha de livros novos que ainda aguardam minha leitura, mas certamente a experiência será descrita aqui no blog, mesmo que mais uma vez negativa. Afinal, não é só de livros bons que a vida precisa!

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Esmalte da Semana: Catavento - Impala

Confesso que comprei esse esmalte um pouco por acaso, porque a cor me chamou muito a atenção. Só depois fui olhar para o nome dele: Catavento. O nome Catavento me lembra a minha infância, as férias da escola e meu avô me ajudando a montar os cataventos com papel colorido. Já não lembro como se montam esses brinquedos fascinantes, mas as recordações daqueles momentos certamente continuarão aqui presentes. Essa estória nada tem a ver com esmaltes, mas o Dia das Crianças acabou de passar e justamente por causa dessa estória achei esse esmalte perfeito para essa data!
Ele faz parte da coleção Nuvens de Cor, da Impala, que acabou de ser lançada para a primavera.  E quando fui pesquisar descobri que a minha associação entre lembranças de infância e esse esmalte não é só coisa da minha cabeça. O release oficial da marca afirma: Catavento: um brinquedo clássico que expressa  liberdade e o prazer de ser criança." Viu?
É uma cor que tem tudo a ver com o ar livre, com o brilho do sol na primavera, um vermelho mais aberto, brilhante, com um toque levemente rosado, super feminino. O acabamento é cremoso, mas para conseguir todo seu efeito são necessárias duas demãos pois ele é levemente transparente. A aplicação é extremamente fácil e a limpeza também, características que fazem os esmaltes da Impala ganhar meus elogios.

Pelas bandas de cá os sopros de ventania que fazem os cataventos rodarem já chegaram. Agora só falta mesmo é o sol da primavera se firmar por aqui, para que possamos brincar ao ar livre sem medo do tempo virar!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Lá da horta: macarrão com salsinha

Minha horta, apesar de modesta, está dando sus bons frutos. A colheita dessa vez foi de salsinha. Um maço generoso de folhas de um verde intenso, cheirosas, perfeitas para o tempero de macarrão vapt-vupt aprendido com a mamãe.
Essa não é bem uma receita: é uma daquelas misturas que fazem parte das minhas lembranças de infância, quando minha mãe temperava o macarrão numa tigela que também servia de saladeira. Ela enchia os pratos dela, meu e da minha irmã e meu pai, que na época gostava de comer direto desse recipiente, acabava ficando com a maior parte do molho - que por mais que mamãe mexesse o macarrão, insistia em se depositar no fundo do pote.
Para preparar essa iguaria, basta colocar um bom tanto de água salgada para ferver, onde o macarrão será cozido. Para esse tipo de molho é melhor escolher entre os vários tipos de "massas curtas", como fusilli, penne ou gravatinhas, mas se só tiver espaguete em casa, não se acanhe, pois fica bom também.
O tempo de cozimento da massa é mais que o suficiente para preparar os outros ingredientes: picar um maço de salsinha, cortar em cubinhos um bom tanto de manteiga (margarina nem pensar!!), ralar um bom tanto de queijo parmesão e misturar tudo numa tigela funda na qual também caiba o macarrão que, quando o macarrão estiver al dente, deve ser escorrido mas sem deixá-lo secar totalmente e colocado ainda quente sobre os outros ingredientes.

 Eu, por pura preguiça e teimosia, não misturei os ingredientes antes de jogar o macarrão e isso fez com que o queijo derretesse em bloco, tornando mais difícil sua distribuição. Para evitar esse tipo de incidente, basta misturar a manteiga, o queijo e a salsinha até formar uma pasta, e só então acrescentar o macarrão. Isso garantirá que os ingredientes abracem de maneira uniforme a massa. Lembro que minha mãe também acrescentava alho cru amassado, mas maridinho não gosta de lembrar do prato durante uma semana e por isso retirei esse ingrediente do preparo.

O resultado? Marido dizendo: "Nossa, amor, que delícia esse macarrão!! Porque você não o prepara mais vezes?". Não preciso dizer mais nada.



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Viajar com bebê: o que levar?

Faz um bom tempo que este blog está sem receber nenhum novo texto, um pouco por falta de organização da minha parte e muito por falta de tempo causada por um grande volume de trabalho, alguns tropeços com a saúde e mudanças das quais devo falar em breve. Mas aqui estou eu novamente e volto logo com um post sobre organização!
Já falei aqui que eu adoro fazer listas e acho que não foi uma única vez. Adoro mais ainda quando a lista está toda riscada, cheia de "ok", sinal de que a tarefa foi cumprida. Algumas pessoas acham que sou neurótica por usar tanto essa ferramenta. Posso até ser, mas essa minha neurose me dá uma tranquilidade inimaginável, sobretudo quando tenho pouco tempo para fazer alguma coisa e o nervosismo gerado pela situação certamente me levaria a esquecer algo, não fossem minhas listinhas adoradas. 
Foi assim quando viajamos para Holambra, há pouco mais de um mês. Como disse no último post, foi nossa primeira viagem com a pequena e com uma criança de um ano, não podia me dar ao luxo de esquecer alguma coisa em casa. Também não seria legal perder tempo procurando farmácias e lojas de artigos para bebês num fim de semana de descanso, né? Por isso, antes de começar a arrumar a mala, tratei de fazer uma lista com tudo aquilo que precisaríamos levar para a pequena, valendo-me para tanto não só da minha experiência mas de um bom passeio por páginas na internet. Encontrei muitas listas, de diversos tamanhos, com diversas orientações sobretudo muitas repetidas, o que dificultou muito identificar quais os verdadeiros autores das páginas. Para não cometer injustiças - e porque elaborei uma lista adaptada à realidade da minha filhota - prefiro não linkar o material que encontrei.
Antes de mais nada tratei de manda um e-mail para o hotel escolhido para saber se eles tinham um berço disponível porque não temos um berço de acampamento e nem caberia um no nosso carro. Eles me responderam que até tinham, mas não estava em bom estado, e que de qualquer modo no quarto havia duas camas. Eu e maridinho optamos então por juntar as camas, colocar a pequena para dormir conosco e deu super certo!
Outra coisa importante era saber se a cozinha do hotel funcionava 24 horas por dia e se podíamos contar com ela para aquecer o leite caso precisássemos. Mais uma resposta positiva.
Como disse, montei a lista do que levar e fiz um apanhado pensando no que eu realmente uso no dia-a-dia, evitando assim carregar peso e volume a toa. Ainda assim devo dizer que muitas das coisas que levei acabei não usando (como boa parte das roupas e o termômetro), mas sou daquelas pessoas que acreditam piamente que uma mulher prevenida vale por duas, sobretudo se ela for mãe de uma bebê de um aninho!
A minha lista, para três dias de passeio, considerando previsões meteorológicas instáveis, ficou assim:

  • 06 calças, 06 camisetas e 03 blusas de frio - usei dois terços dessa quantidade, mas lembro que é impossível prever o quanto uma criança pode se sujar
  • 01 pacote de fraldas dia e 01 pacote de lencinhos umedecidos - preferi levar logo um fechado de cada do que ficar fazendo contas
  • pomada para prevenir assaduras - está sempre junto com as fraldas
  • fraldas de pano - várias, não ocupam espaço e são úteis em várias ocasiões 
  • 02 mamadeiras uma para leite e outra para água e suco
  • 01 lata de leite em pó - assim como para as fraldas, preferi  pecar por excesso
  • loção repelente e protetor solar - mosquitos e raios de sol podem estragar passeios!
  • cobertor e travesseirinho - levados por pura precaução, pelo "cheirinho", mas no nosso caso sequer foram usados
  • toalha - daquelas forradas com tecido de fralda, que não arranha a pele do bebê e que hotéis não costumam disponibilizar
  • shampoo, sabonete e pente
  • termômetro e antitérmico (receitado pelo pediatra) - nunca se sabe quando a temperatura de um bebê pode subir, ainda mais numa viagem
  • soro para o nariz - com o tempo seco como estava, é indispensável
  • sandálias, tênis e meias - a pequena estava dando seus primeiros passinhos!
  • brinquedos variados - muito úteis quando voltávamos para o hotel. Criança sem brinquedo vai procurar algo para se divertir até encontrar...
  • frutas e biscoitos - optei por biscoitos de polvilho, que a pequena adora acho que mais pelo croc-croc na hora de morder do que pelo sabor e por bananas, que a pequena devora segurando com as mãos (sempre com supervisão!).
  • carrinho de bebê - esse é o item que mais ocupa espaço, mas é indispensável para os passeios.
  • comidinha pronta - Sim, optei por levar dois potes com comidinha pronta numa bolsa térmica, com arroz, feijão, cenoura, batata e carne. Achei melhor ter esse trabalho antes de viajar do que contar com comidas de restaurantes, que nem sempre são adequadas para bebês.
Tudo isso foi na mala. Nos passeios, sempre levávamos uma mochila com água, mamadeira, fraldas, trocador, lencinhos e mudas de roupa e o carrinho foi nosso grande aliado para transportar não so a baby mas também seus pertences.

Além disso é importantíssimo não esquecer os documentos: certidão de nascimento, cartão do plano de saúde e cartão nacional de saúde são imprescindíveis!

Essa lista será a minha base para próximos passeios, não sem sofrer a devida revisão todas as vezes. Confesso que dá um pouco de trabalho, mas a tranquilidade de ter tudo à mão mesmo longe de casa compensa o esforço!






sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Um Luxo por Semana: Holambra

Esse luxo é daqueles que vale por bastante tempo. Algumas semanas pelo menos. Por isso a demora para a sua publicação e o tamanho desmedido do post!
Tudo começou numa noite de terça-feira, na mesa do jantar. Do nada marido olha pra mim e diz: "Vamos fazer uma viagem?". A mim, que adoro viajar e sobretudo conhecer lugares novos, só restou responder "Sim!!". Só que a viagem não estava programada e, por mais que eu tenha liberdade no escritório onde trabalho e meu marido, que é autônomo, possa tirar alguns dias de folga quando bem entender, um mínimo de organização fazia-se necessária. 
A primeira questão era "para onde ir?". Com uma criança e com um orçamento limitado, não daria para fazer uma viagem intercontinental. Nem internacional. Nem interestadual. Fui então pesquisar algum lugar pertinho para passarmos um fim de semana tranquilo - e baratinho - em família. Qual não foi minha surpresa quando descobri que justo no fim de semana que havíamos escolhido para viajar seria aberta a Expoflora 2013 em Holambra. Não tive dúvidas: falei com marido e o local estava escolhido!
Como não conhecia ninguém que pudesse me dar referências sobre pousadas ou hotéis, tive que confiar nas informações da internet. Procurei em alguns sites confiáveis, escolhi o Parque Hotel Holambra e fiz a reserva via e-mail, não sem o receio que sempre acompanha esse tipo de operação, mesmo quando tomamos todas as precauções possíveis. A chegada foi tensa, porque o hotel fica numa rua de terra e seu luminoso não é visível do asfalto. Só o encontramos graças às indicações de um caminhoneiro gentil. Mas todas as preocupações se dissiparam quando entramos: o pessoal foi muito solícito, o lugar é bacana, simples e honesto, tranquilo e silencioso. Nos instalamos e fomos jantar no Casa Bela, um restaurante encantador com cardápio variado e atendimento nota dez! Eu adoro experimentar pratos típicos do lugar que estou visitando e escolhi um Stampott a la Klass, um filé acompanhado de molho agridoce, três tipos de purê e couve de Bruxelas. Já o marido, mais tradicional, foi se Salmão Grelhado ao molho de Maracujá, com arroz e brócolis gratinado. Delicioso!

No dia seguinte pudemos desfrutar de um singelo mas acolhedor café da manhã no hotel, com direito à companhia dos passarinhos! Depois do café fomos para a Expoflora - sobre a qual eu já havia reunido todas as informações necessárias através do site. No caminho pudemos admirar a cidade de Holambra, com seus vasos de flores no meio da rua, limpa e bem cuidada. Ao chegarmos na feira, compramos o tíquete para o passeio turístico, que nos levou através das ruas holambresas até uma fazenda produtora de flores e foi possível ver o que esse ouro representa para a cidade. Visitamos o moinho dos Povos, andamos pela alameda principal e nos encantamos com  a ausência de muros ao redor dos condomínios. (suspiros...)



 De volta à feira vimos danças e... flores, muitas flores! Ficamos impressionados com a organização do evento, que coloca a disposição até um espaço exclusivo para os bebês, com cadeirões, fraldários e uma salinha para descansar. Visitamos a exposição de paisagismo - momento viagem-a-trabalho - e, já no fim da tarde e ultra cansados - fomos ver a famosa Chuva de Pétalas. Dizem que se você conseguir pegar uma pétala no ar, pode exprimir um desejo que ele certamente será realizado e eu, incentivada pelo marido, encarei a multidão (não é exagero) e consegui agarrar minha pétala!

Felizes com o dia - e com a pétala devidamente guardada - voltamos para o hotel para descansar e encarar a viagem de volta no dia seguinte. Mas não deixamos Holambra sem antes tirar muitas fotos na Lagoa da Praça Vitória Régia, almoçar no restaurante do Clube Fazenda Ribeirão e comer uma perfeita sobremesa na confeitaria Zoet en Zout - ou Confeitaria do Lago. Impossível não se encantar comendo um doce de chantilly com essência de flor de laranja ou chocolate com laranja, ainda mais diante de uma paisagem como a proporcionada pela lagoa.
Para encerrar o passeio, uma parada na rua turística, onde está localizado o restaurante Casa Bela do qual falei antes. À noite o lugar já é lindo, mas durante o dia,com o sol fazendo suas cores brilhar, a rua ganha um charme todo especial.

A volta para casa sempre me dá uma sensação de conforto, de retorno ao lar, mas Holambra é uma cidade que deixou saudades e boas lembranças. Sobretudo me deixou aquele sentimento estranho de querer para a cidade onde moro todas as coisas boas que lá existem: a beleza, a limpeza, a organização, a segurança. Se um dia vamos conseguir, isso não sei. Por enquanto começo fazendo a minha parte: casa arrumada, calçada limpa e jardim florido. Dizem que o exemplo inspira!