quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Acabei de Ler: Anna e o Beijo Francês

"Anna e o Beijo Francês" faz parte daquela coleção de livros que comprei pela internet escolhendo os títulos no blog A Series of Serendipity, da Melina Souza. Aparentemente me pareceu um livo com e para adolescentes, mas gostei da cara dele, resolvi arriscar e coloquei-o no carrinho do site, ainda pensando que poderia achar o livro no mínimo chato. O clássico pensamento de adulta, contudo, precisou ser revisto, porque a leitura foi surpreendente.


Anna, uma garota de 17 anos que sonha em ser crítica de cinema, muda-se dos Estados Unidos para Paris a contragosto, para estudar num colégio interno como seus pais queriam. Ao chegar na escola, faz amizades que serão decisivas para mudar sua visão da vida e da Cidade Luz, que abriga perfeitamente esse enredo. Uma dessas amizades em particular mudará todo o rumo da viagem e da sua vida: o nome dele é Étienne St. Clair, considerado "o amigo de todos". Para ela será... Não posso contar senão estraga o suspense. Para melhorar, a paixão de Anna por filmes pode ser respirada através das páginas, onde estão descritas as visitas que ela faz aos cinemas parisienses e seu profundo conhecimento sobre o assunto.
Stephanie Perkins, a autora, tem um sorriso lindo na foto da aba da capa e esse sorriso diz muito sobre seu jeito de escrever. É uma leitura leve e por isso se torna rápida, daquelas que nos fazem perder a noção do tempo; queremos ler "só mais um pouquinho" e quando nos damos conta, o livro está acabando. Os personagens são intensos, não adolescentes caricaturados e vazios. São pessoas que convivem com conflitos internos e externos, conflitos que poderiam acontecer com qualquer um - adolescente ou não. São personagens criados com uma vida que existia antes do momento narrado pelo livro e acho isso bárbaro numa estória: fiquei pensando se a sra. Perkins não pensa em escrever um livro sobre a vida de St. Clair antes da chegada de Anna em Paris. 


Meus parabéns vão também à editora Novo Conceito, que manteve para a edição brasileira, a mesma capa da primeira edição americana: adorei a ideia do banquinho e da torre, elementos extremamente franceses, mas adorei ainda mais o fato de aparecer apenas o braço do personagem masculino (será ele St. Clair ou um dos outros garotos da escola?), deixando que a mente do leitor viaje para construir o semblante do moço, como deve ser num bom livro.



O cuidado também aparece nos detalhes: as páginas são amarelas, com um bom tamanho de fonte e espaçamento o título aparece no cabeçalho de todas as páginas com a mesma fonte da capa, os números das páginas vem entre arabescos e a torre Eiffel aparece também na lombada do livro. Nas andanças na web vi muitas críticas à capa brasileira e também à sua repetição nas traduções de outros países (por exemplo Espanha, Romênia, República Tcheca, Austrália e Turquia), mas não vejo fundamentos nessas críticas, são apenas questões de gosto - que (na maioria das vezes) não se discute. 
Pelo que andei pesquisando também na web, a autora ruiva com mecha azuis (sim sim, só olhar aqui) também escreveu "Lola e o Garoto da casa ao lado" e em 2013 deve ser lançado seu mais novo livro, "Isla e o felizes para sempre". Pelo que consegui entender ele será lançado em Setembro nos EUA para depois vir para o Brasil. Vou ficar de olho. Por enquanto me resta encontrar "Lola e o Garoto da casa ao lado" num precinho camarada e com ele desligar o abajur bem tarde porque fiquei lendo "só mais um pouquinho".

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