terça-feira, 28 de julho de 2015

Acabei de Ler: O Cemitério de Praga

Olás!

Por mais que eu tente não consigo me lembrar em quais circunstâncias comprei esse livro. Talvez numa ida à livraria sua capa tenha me chamado a atenção o suficiente para que eu o comprasse...Talvez numa das tantas andanças por lojas virtuais ele estivesse em promoção... Bom, mas isso agora pouco importa. Se bem que esse esquecimento me remete à trama do livro em questão: nele Simone Simonini, um falsário e o único personagem não-real da história narra parte de sua vida em um diário onde também escreve o abade Dalla Piccola que pode - ou não - ser o próprio Simonini, Mas esse é apenas um dos acontecimentos intrigantes do livro. Umberto Eco, que além de ser um dos mais renomados escritores no mundo, é também filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo, cria um texto que mistura ficção com realidade transformando personalidades como Freud (aquele mesmo, o pai da Psicanálise), Garibaldi (o paladino da Unificação Italiana) e Monet (um dos principais pintores do movimento denominado Impressionismo) em personagens de uma trama complicada e profunda, assustadora e intrigante.



Simonini, como disse antes, é o único personagem inventado pelo autor e sofre logo no começo do livro manifestações de perda temporária de memória que, quando o acometem, abrem espaço para que o abade Dalla Piccola apareça. Contada assim parece uma daquelas situações que "só Freud explica". Realmente no livro Simonini chega a dizer que para casos como o seu Freud, ou Froide, como aparece no texto, indica uma terapia que até então bem poucos conheciam e entre aqueles que conheciam, muitos desconfiavam: a auto-hipnose.



É uma trama no começo um tanto difícil de acompanhar, pela linguagem e escrita extremamente ricas típicas de Umberto Eco, fantasticamente traduzidas para o português por Joana Angélica d'Ávila Melo. Aos poucos, contudo, o leitor vai sendo envolvido pela narrativa e chega ao ponto de não querer mais largar o livro. 




É um livro fascinante mas confesso acreditar que minha experiência literária poderia ter sido até mais intensa e emocionante não fosse o meu escasso conhecimento da maioria dos personagens citados e sua inserção nos acontecimentos que marcaram a história da Humanidade. Maaaaas, pensando em leitores como eu, Umberto Eco deixa de presente uma tabela no fim do livro que elucida pelo menos em parte, o papel de cada personagem na história.



Seria redundância dizer que essa é mais uma obra sensacional de Umberto Eco. Mas Umberto Eco da redundância passa bem longe.

FICHA TÉCNICA

Título: O Cemitério de Praga
Autor: Eco, Umberto
Editora: Record
Ano da edição: 2012
Idioma original: Italiano
Prêmios: - 

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