terça-feira, 6 de maio de 2014

Festas Boas, Bonitas e Baratas

Olás!

Lááááá no post sobre a retrospectiva de janeiro (sim demorei para publicar esse texto aqui) falei a respeito da festa que eu e minha irmã organizamos para o meu aniversário mas não dei maiores detalhes. Devo começar dizendo que estamos nos especializando em fazer festas a baixo custo, não apenas pela falta de grana para fazer grandes eventos, mas porque acreditamos realmente que mais importante que uma decoração cheia de pompa – e que no final irá para o lixo - é comemorar pertinho das pessoas que amamos e que nos amam. Contudo, o orçamento reduzido para a festa não deve ser sinônimo de falta de qualidade na comida, na bebida, na decoração e no calor humano!

Como fazer uma festa low cost então?

Em primeiro lugar reduzimos o número de convidados, óbvio. Colocamos sempre um número máximo, que depende diretamente do espaço disponível. Infelizmente há muitas pessoas que acabam ficando de fora, mas aqueles que são nossos amigos de verdade entendem que às vezes não dá pra chamar mais que pai, mãe, sogro e sogra.

Outra mudança que fizemos foi na comida e isso reduz bastante o investimento monetário. Ao invés de comprar tudo pronto, tentamos preparar o máximo possível em casa e montamos um cardápio que além do valor, leva em conta o tempo disponível para irmos para a cozinha. Depois de vários testes percebemos que uma das coisas que dá super certo é fazer o convidado participar da montagem do prato, porque isso passa a fazer parte da diversão. No ano passado, para o meu aniversário, organizamos uma pastelada, onde todos acabaram colocando literalmente a mão na massa e foi divertidíssimo. Deixamos o rolo de massa pronta sobre uma tábua para que a pessoa o cortasse no tamanho e no formato desejado. Ao lado estavam potinhos com os mais variados ingredientes para o recheio, como azeitonas picadas, presunto e mussarela ralados, requeijão, milho, carne moída refogada entre outros. Para fritar as obras de arte, uma fritadeira elétrica no canto da mesa e muito, mas muito papel toalha. Foi um barato ver todos inventarem recheios, enfeitar os pastéis, fazer desenhos nas bordas com o garfo e, o mais importante, conversando, rindo, propondo “o desafio do pastel” e se divertindo um bocado. Nem precisou apresentar uns aos outros porque eles mesmos se encarregaram de fazer isso em volta da mesa do pastel!


Esse ano tivemos que reduzir drasticamente a quantidade de pessoas por falta de espaço, mas ainda assim queríamos fazer algo interativo. Só que fazer pastel não apenas seria um repeteco do ano passado, mas acabaria desperdiçando um bom tanto de ingredientes, já que a variedade para o recheio é muito grande e o número de esfomeados, pequeno. Resolvemos então fazer cachorro quente, já pensando no que poderíamos fazer caso os ingredientes sobrassem.

Comecei fazendo uma lista de tudo que eu iria precisar, mas tudo mesmo, dos ingredientes à decoração. (está sendo preparado um post onde falarei da importância das listas para diminuir o estresse e a possibilidade de algo dar muito errado no pior momento possível). Depois disso todo o trabalho que eu tive foi cozinhar as salsichas já em pedaços no molho pronto, picar pepinos em conserva e tomates, abrir uma lata de ervilhas, uma de milho e um saquinho de batata-palha, colocar o requeijão no pote e encomendar três tipos de pães, o de banha, o sanduíche e o francês. Minha irmã disponibilizou a casa e a chapa para prensar os lanches, além dos apetrechos, como pratos, copos e talheres. E mais uma vez deu certo! Acertamos na quantidade de ingredientes e sobraram pouquíssimas coisas: um pouco de salsicha que virou acompanhamento para arroz branco, um pouco de tomates que deram vida a um vinagrete e uma quantidade considerável de pão (marido insistiu para encomendar mais porque achou que o tanto que eu tinha pedido era pouco) que foi para o freezer para ser utilizado mais tarde como café da manhã ou lanche. Desperdício zero!



É importante ressaltar que minha irmã montou um kit-festa básico que é utilizado em quase todos os eventos na casa dela e muitas vezes é emprestado para comemorações na casa de outras pessoas: ela comprou um tanto de pratos daquele plástico branquinho decorado mais resistente e de copos americanos de acrílico colorido, além de um jogo de talheres de aço. O negócio é ter peças que combinem entre si e que de adaptem a vários tipos de eventos e de decoração. Isso elimina a necessidade de ficar comprando pacotes e mais pacotes de pratos plásticos que não resistem ao calor da comida, copos plásticos que não podem ser segurados com muita força porque esmagam facilmente e talheres plásticos que quebram na primeira tentativa de espetar uma coxinha. Embora tudo possa ser adquirido em lojas de 1,99, inicialmente o investimento é um pouco mais alto, mas conseguimos, fazendo isso, reduzir o lixo, o tempo gasto nas lojas de descartáveis e o espaço necessário para guardar o material que vai se acumulando de uma festa para outra porque esquecemos de olhar o nosso “estoque” antes de sair às compras e ficamos com oito pacotes pela metade de copos de várias medidas e modelo enfiados em algum canto da casa.



Moral da estória: é possível sim fazer uma festa gostosa sem gastar o salário do mês nem perder semanas com os preparativos. Basta soltar a criatividade e com um pouco de organização e de planejamento você e seus convidados vão se surpreender com o resultado! 

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